Roda de Diálogos

[:pb]Momento de debate mais aprofundado em um formato mais aberto para trocas com o público.
Nesta edição as rodas acontecem em parceria com o Fórum Itinerante de Cinema Negro – FICINE, através de Janaína Oliveira e com o Paço do Frevo, espaço que abrigará o debate.

07JUL – 14h // Paço do Frevo

Roda de diálogos – FICINE

Tema: Cinema Negro no Feminino

Recorte:

O movimento do cinema negro está construindo a autonomia de representação da cultura negra na cadeia cinematográfica, que historicamente se fez branca em realização e personagens protagonistas. Nesse contexto a mulher negra é invisibilizada também pelo racismo e esteriotipização da perspectiva branca. Como fomentar o contra-discurso que irão desconstruir a hegemonia branca e masculina no cinema?

Convidadas:

Janaína Oliveira

Pesquisadora, e doutora em História pela PUC-Rio e professora no Instituto Federal do Rio de Janeiro – Campus São Gonçalo, onde coordena o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígena (NEABI). Realiza pesquisas centradas na reflexão sobre Cinema Negro, no Brasil e na diáspora, e também sobre as cinematografias africanas. Desde 2011 participa ativamente do FESPACO, Festival Panafricano de Cinema e Televisão de Ouagadougou e da JCFA, Journée Cinématographique de la Femme Africaine d’Image, ambos em Burkina Faso. Fez curadoria de filmes para o Plateau – Festival Internacional de Praia, Cabo Verde. Atualmente, coordena também o FICINE, Fórum Itinerante de Cinema Negro.

Yasmin Thayná

Yasmin Thayná é cineasta, diretora e fundadora da AFROFLIX, curadora da FLUPP (Festa Literária das Periferias) e consultora de audiovisual no Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS-Rio). Dirigiu e escreveu, nos últimos meses, dois filmes: KBELA, uma experiência sobre ser mulher e tornar-se negra, BATALHAS, um filme sobre a primeira vez que teve um espetáculo de funk no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e fez a direção da série AFROTRANSCENDENCE. Escreve no Brasil Post e no Quebrando o Tabu.

É interessada por assuntos ligados à cultura digital, comunicação, cinema, literatura, raça e gênero. Passou pela Escola Livre de Cinema de Nova Iguaçu, foi pesquisadora de políticas públicas da FGV e desde os 16 anos dirige, escreve e participa de produções cinematográficas. Idealizou um projeto de audiovisual onde trabalhou com mais de 300 alunos da rede pública de ensino da Baixada Fluminense do Rio de Janeiro.

Cíntia Lima

A artista pernambucana Cíntia Lima iniciou a sua carreira em 2012, como codiretora e performer da videoarte Maldita Poesia. Desde então, tem se dedicado principalmente à criação de performances que mesclam diferentes linguagens e técnicas artísticas, especialmente as visuais. Com isso, suas obras comumente estão presentes tanto em exposições de arte como em mostras e festivais de cinema. Em 2013, junto a outras artistas, Cíntia fundou o coletivo DALE (Diretório Artístico de Liberdade Estética). No ano seguinte, foi codiretora, performer de “Rito”, um curta produzido por esse coletivo. Também a partir de 2014, desenvolveu “Teorema da Permanência”, uma serie de performances sobre memória e gênero apresentada também em 2015, em Recife. Cíntia concilia seus trabalhos no campo das artes visuais com a carreira de produtora cultural e atriz.”

Juliana Lima

É formada em música pela UFPE, realizadora audiovisual e atual vice-presidente da ABD-PE/APECI. Escreve e dirige roteiros de documentários para cinema e videoclipes. Seus atuais trabalhos são o documentário em curta-metragem, Psiu! (2014), ganhador de prêmios na categoria melhor filme em diversos festivais de cinema do país. O clipe Show de Rock (2015), com o rapper Galo de Souza e o guitarrista Neilton Carvalho, da banda Devotos, que também foi premiado no FestClip (SP). Atualmente pesquisa Políticas de Ações Afirmativas no curso de Mestrado em Educação na UFPE e atua na produção do seu próximo filme sobre a produção cultural na periferia

08JUL – 14h // Paço do Frevo

Roda de diálogos – FINCAR

Tema: Corpos femininos no cinema

Recorte:

A cadeia cinematográfica em sua hierarquia não valoriza espontaneamente as posições de trabalho que as mulheres ocupam. Sejam realizadoras, atrizes, curadoras, críticas ou outras. A invisibilização desses trabalhos é a manutenção das mulheres em lugares pouco complexos no cinema, desfavorecendo as construções de personagens femininos independentes, uma crítica cinematográfica feminista, uma curadoria atenta ao debate etc. Como complexificar os corpos femininos no cinema?

Convidadas:

Daiany Dantas

Graduada em Comunicação Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, com habilitação em Jornalismo, em 2001, e docente do Departamento de Comunicação da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, desde 2010. Concluiu, em 2015, o doutorado em Comunicação no Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco, com a tese Corpos visíveis: matéria e performance no cinema de mulheres. E em 2006, na mesma instituição, defendeu a dissertação Sexo, Mentiras e HQ: representação e auto-representação das mulheres nos quadrinhos. Trabalhou em jornais impressos, entre 2000 e 2003, e na equipe de comunicação de organizações feministas, tais como o Centro Feminista 8 de Março, Agende – Ações em Gênero e Coletivo Leila Diniz, de 2002 a 2009. Pesquisa a relação entre mídia, estética e cultura, partindo do feminismo e da crítica cultural, com enfoque nas estratégicas de visibilidade das mulheres como produtoras de cultura.

Natália Lopes

Mestra em Comunicação Social pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) com a pesquisa e conclusão da dissertação “O que porra é cinema de mulher? – O desvelar do machismo no audiovisual pernambucano”. Atua na área do audiovisual na perspectiva do direito humano à comunicação, desde 2004. Em 2011, dirigiu o curta-metragem Coco de Improviso e a Poesia Solta no Vento, documentário premiado em festivais nacionais. É co-fundadora do Cineclube da Laia, em Camaragibe e também do Fazendo Milagres Cineclube, Olinda – PE. Atualmente produz e edita a TV dos Bancários, do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, é coordenadora pedagógica do curso audiovisual “Ficcionalizar para existir” (incentivado pelo Funcultura Audiovisual) e faz parte do grupo de trabalho “Cotas e Representação” (ABD-PE/APECI), interessado na reformulação do edital do Funcultura do estado através de cotas afirmativas.

Carol Almeida

Jornalista, doutoranda em comunicação na UFPE, crítica de cinema (www.foradequadro.com), colabora atualmente com publicações como Suplemento Pernambuco e Harper’s Bazaar. Estuda hoje as relações entre o cinema brasileiro contemporâneo e as condições de existência de seus personagens nos cenários das grandes cidades. Faz parte do coletivo feminista Quebrando Vidraças: desconstruindo o machismo no audiovisual pernambucano.

 

Brenda Bazante

Atuou como atriz no vídeo clipe Vem que Vem de Catarina de Jah; Curta Recife XXI de Sosha,; Curta 1/4 sem Tabu de Celso Costa (em edição); Série Conto que Vejo de Hilton Lacerda (em edição). Atua como Modelo Vivo credenciada pelo IFPE Campus Olinda para o Curso Técnico em Artes Visuais e Grupo Experimental de Desenho RISCO. Fez performances como URBANO durante o SPA das Artes 2013 participante da Expo Entre de Chico Ludermir no Museu Murilo La Greca, Visceras durante a Expo Distrito da Luz Vermelha de Vitor Maciel realizado na MAU MAU. Participou de mesas redondas, palestras e seminários em instituições como UFPE, UPE, IFPE, FUNDAJ, COMPAZ e Museu Murilo La Greca. Atualmente é estudante de Licenciatura em Artes Visuais da UNOPAR Polo Recife 1.

Dea Ferraz

Diretora e roteirista, estudou jornalismo e fez especialização em documentários na EICTV – Cuba. A diretora, que pesquisa a linguagem documental há mais de 15 anos, atualmente finaliza três longas-metragens, entre eles Câmara de Espelhos, um filme-dispositivo que coloca seus personagens numa sala espelhada para refletirem a mulher contemporânea, o que a faz iniciar uma pesquisa acerca do feminismo. Tendo em seu currículo curtas, médias e um longa-metragem, a diretora é ganhadora de prêmios em Festivais importantes no México, Argentina, Cuba e Brasil.[:en]An opportunity to further discussion in a more open format for exchange with the audience. In this edition, the talks take place in partnership with the Itinerant Forum of Black Cinema – Ficine through Janaina Oliveira and the Palace of the Frevo, a space that will house the debate.

07JUL – 2pm // Palace of the Frevo

Dialogue Circle – FICINE

Theme: Black Cinema in Female

Focus:

The movement of black cinema is building the autonomy of black culture representation in the film chain, which historically has white directors and protagonists. In this context the black woman is made invisible also by racism and stereotyping by white perspective. What are the possible ways to foster counter-discourse that will deconstruct the white male hegemony in the movies?

Guests:

Janaína Oliveira

Researcher with a PhD in History from PUC-Rio and professor at the Federal Institute of Rio de Janeiro – São Gonçalo Campus, where she coordinates the Center for Afro-Brazilian and Indigenous Studies (NEABI). Conducts research focused on Black Cinema in Brazil and in the diaspora, and also on African cinematography. Since 2011 participates actively in the FESPACO, the Panafrican Festival of Cinema and Television of Ouagadougou and JCFA, Cinématographique Journée de la Femme Africaine d’Image, both in Burkina Faso. Curated films for the Plateau – International Festival of Praia, Cape Verde. Currently also coordinates the Ficine, Itinerant Forum of Black Cinema.

Yasmin Thayná

Yasmin Thayná is a filmmaker, director and founder of AFROFLIX, curator of FLUPP (Literary Festival of the peripheries) and audiovisual consultant at the Institute for Technology and Society (ITS-Rio). Directed and wrote, in recent months, two films: KBELA, an experience of being a woman and becoming black, BATTLES, a film about the first time there was a funk show at the Municipal Theater of Rio de Janeiro and directed the AFROTRANSCENDENCE series. She also wrote for the sites Brasil Post and Quebrando o Tabu.
It is interested in issues related to digital culture, communication, cinema, literature, race and gender. She attended the Free School of Nova Iguaçu Film Festival, was a researcher of public policy in FGV and since she was 16 years old she directs, writes and participates in film productions. She devised an audiovisual project where she worked with more than 300 students from public schools in the Baixada Fluminense in Rio de Janeiro.

Cíntia Lima

The artist from Pernambuco Cintia Lima began her career in 2012 as co-director and performer of the video art Damned Poetry. Since then, she has been mainly devoted to creating performances that mix different languages and artistic techniques, especially visual. Her works are commonly presented in both art exhibitions and in film festivals. In 2013, along with other artists, Cintia founded the collective DALE (Directory of Artistic Freedom and Aesthetics). The following year she was co-director and performer of “Rite”, a short film produced by this collective. Also from 2014, she developed “Theorem of the Stay,” a series of performances on memory and gender presented in 2015 in Recife. Cintia keeps her work in the visual arts as well as a career as cultural producer and actress.

Juliana Lima

She graduated in music from UFPE, audiovisual director and current vice president of ABD-PE / APECI. Writes and directs documentaries scripts for film and video clips. His current works are the documentary short film, Psst! (2014), which won awards for best film in several film festivals in the country. The Rock Show clip (2015), with rapper Galo de Souza and guitarist Neilton Carvalho, Devotees band, which was also awarded the FestClip (SP). Currently research Affirmative Action Policies in the course of Master of Education at university and operates in the production of his next film on cultural production in the periphery.

08JUL – 2pm // Palace of the Frevo

Dialogues Wheel – FINCAR

Theme: Female bodies in film

Inset:

The movie chain in its hierarchy does not spontaneously value the work positions that women occupy. be it as filmmakers, actresses, curators, critics or others. The invisibility of these works is the maintenance of women in simplified places in film, disadvantaging the construction of independent female characters, a feminist film criticism, careful curating debate etc. How to complexify female bodies in the movies?

Guests:

Daiany Dantas

Graduated in Social Communication from the Federal University of Rio Grande do Norte, with specialization in Journalism in 2001 and professor in the Department of Communication at the University of Rio Grande do Norte, since 2010. It was concluded in 2015, PhD in Communication at the graduate Program in Communication at the Federal University of Pernambuco, with the thesis visible bodies: matter and performance in women’s cinema. And in 2006, the same institution, defended the dissertation Sex, Lies and HQ: representation and self-representation of women in comics. He worked in newspapers between 2000 and 2003, and the communication team of feminist organizations, such as the Feminist Center March 8, Schedule – Action in Gender and Collective Leila Diniz, from 2002 to 2009. Research the relationship between media, aesthetics and culture, starting from feminism and cultural criticism, focusing on strategic visibility of women as producers of culture.

Natália Lopes

Master in Social Communication from the Federal University of Pernambuco (UFPE) to research and completion of dissertation “What the fuck is a woman’s film – The unveiling of machismo in Pernambuco audiovisual”. It operates in the audiovisual field from the perspective of the human right to communication, since 2004. In 2011, he directed the short film Coco Improvisation and Solta Poetry in the Wind, award-winning documentary on national festivals. It is co-founder of the Film Society of Laia in Camaragibe and also the Making Miracles Cineclube, Olinda – PE. Currently produces and edits the TV of Bank of Pernambuco Bank Workers Union, is educational coordinator of the audiovisual course “fictionalizing to exist” (encouraged by Funcultura Audiovisual) and is part of the work group “Quotas and representation” (ABD-PE / APECI), interested in reshaping the state Funcultura the announcement through affirmative quotas.

Carol Almeida

Journalist doctoral student in communication at university, film critic (www.foradequadro.com), currently collaborates with publications such as Pernambuco Supplement and Harper’s Bazaar. now studies the relationships between contemporary Brazilian cinema and the conditions of existence of his characters in the scenarios of large cities. It is part of the feminist collective Breaking Glazing: Deconstructing machismo in Pernambuco audiovisual.

Dea Ferraz

Director and screenwriter, studied journalism and has specialized in documentaries EICTV – Cuba. The director, who researches the documentary language for over 15 years now ends three feature films, including mirrors camera, a film-device puts his characters in a mirrored room to reflect the contemporary woman, which makes starting a research on feminism. In his short resume, medium and feature film director is winning awards at major festivals in Mexico, Argentina, Cuba and Brazil.[:]